A obesidade infantil vem chamando a atenção de estudiosos do mundo inteiro, hoje é considerada a doença nutricional que mais cresce no mundo e a de mais difícil tratamento (FISBERG, 2005). Trata-se de uma doença crônica e um importante problema de saúde pública (RODRIGUES, 1998).
No Brasil, verifica-se nas últimas décadas um processo de transição nutricional, com alteração significativa do perfil dietético (NOLASCO, 1995). Outro ponto importante é o crescente sedentarismo, além de aumento dos hábitos alimentares inadequados pelo maior apelo comercial, entre outras questões sociais e comportamentais (RODRIGUES, 1998; FISBERG, 2005; TRICHES; GIUGLIANI, 2005).
Vários são os fatores importantes no surgimento da obesidade: genéticos, fisiológicos e metabólicos. Entretanto, os que poderiam explicar este crescente aumento do número de indivíduos obesos estão mais diretamente relacionados ao comportamento, às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares (ROSENBAUM & LEIBEL, 1998). O aumento no consumo de alimentos ricos em carboidratos de rápida absorção e gorduras saturadas, e a diminuição da prática de exercícios físicos, são os principais fatores relacionados ao meio. A obesidade infantil foi inversamente relacionada com a prática da atividade física, com a presença de TVs, computadores e videogames nas residências, e o baixo consumo de verduras, confirmando a influência do meio ambiente sobre o desenvolvimento do excesso de peso (Oliveira et al,. 2003).
A obesidade pode ser classificada de duas formas: primária, que deriva de problemas hormonais (alterações do metabolismo) e secundária que é multi-causal, derivada do desequilíbrio entre a ingestão e gasto calórico, que deve ser tratada com orientação alimentar e otimização de atividade física (FISBERG, 2005). As maiorias dos estudos apontam que 95% dos casos de obesidade são do tipo secundário.
Outro aspecto associado à epidemia da obesidade é o aumento das porções dos alimentos servidas em restaurantes, bares e supermercados.
Como exemplo, o tamanho da batata-frita oferecida aos consumidores em meados dos anos 50 representava 1/3 do maior tamanho oferecido em 2001.
Desta forma, a importância de estratégias de intervenção a prevenção a obesidade torna-se cada vez mais necessária, e diante desta questão algumas áreas merecem atenção:a educação, a indústria alimentícia e os meios de comunicação. Medidas de caráter educativo e informativo, através do currículo escolar e dos meios de comunicação de massa, assim como, o controle da propaganda de alimentos não saudáveis, dirigidos principalmente ao público infantil e, a inclusão de um percentual mínimo de alimentos in natura no programa nacional de alimentação escolar e redução de açúcares simples são ações que devem ser praticadas.
Destacamos aqui a relevância do enfoque de informação educativa, aspectos comportamentais e mudanças de hábitos alimentares diários.
Outro aspecto relevante, é a regularidade alimentar. O fracionamento das refeições ao longo do dia, com volumes menores de alimentos em horários pré-estabelecidos favorecem a manutenção de um organismo equilibrado e metabolismo eficaz. Este comportamento deve ser estimulado desde a infância, como parte de um hábito de vida saudável, assim como, atividade física e número de horas de sono adequadas.
As opções por melhores escolhas nutricionais demandam também por mudanças comportamentais, com ajustes da rotina diária. Mais importante que o controle calórico é também ter conhecimento da origem das calorias. A população infantil não tem acesso a compra e aquisição de alimentos, desta maneira, a educação nutricional precisa ser aplicada aos pais ou responsáveis.
Finalizando, vale ressaltarmos que a educação nutricional continua sendo a principal ferramenta na prevenção e controle do excesso de peso, especialmente na população infantil. Opções alimentares saudáveis, que possam fazer parte do dia a dia, de forma agradável e saborosa, sem dúvida farão parte de pequenas mudanças de estilo de vida que nos trarão grandes resultados.
Colaboração Prof. Dra Roberta S Lara Cassani graduada em Nutrição pela Universidade do Sagrado Coração (USC) / Bauru – SP, fez residência em Nutrição Clínica pelo HCFMRP/USP, doutora em Investigação Biomédica pelo HCFMRP/USP – área de concentração Clínica Médica, com título de Cardiologia pela SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), membro do Núcleo de Nutrição e Saúde Cardiovascular do Depart. Aterosclerose (SBC) e da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN).
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